Novo salário
mínimo vai puxar comércio em 2012
O reajuste de 14% no salário mínimo, em 2012, deve
ser o principal responsável pelo crescimento do comércio no ano.

Segundo o presidente da CNDL,
Roque Pellizzaro Junior, o comércio deve investir mais no próximo ano para
atender a demanda da classe C. "Com o amadurecimento do nosso mercado, o
varejo deverá sofrer mudanças em sua atividade para se adequar a esta nova
fase. Com esta ótica, os varejistas já reestruturam seus planos de expansão dos
pontos de venda, assim como o mix de seus produtos", avalia, explicando
que a tendência é de que o comércio comece a se generalizar ao longo de 2012.
Consumidores
com maior poder de compra
Com o aumento do salário mínimo, também deve crescer o poder de compra dos consumidores. A inadimplência deve ser outro detalhe que também sentirá os reflexos do reajuste. Segundo a Confederação, embora a inadimplência tenha crescido por dez meses consecutivos neste ano, em 2012, deverá apresentar reversão de tendência nos primeiros meses.Segundo Pellizzaro, a inflação, considerada um dos causadores da inadimplência e do alto endividamento, que levaram à desaceleração nas vendas nos dois últimos meses de 2011, em especial no Natal, deverá ser menor em 2012 do que a registrada este ano.
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- DIÁRIO OFICIAL
No entanto, ela deverá se manter acima do centro da meta do Governo, de 4,5%. "O Banco Central não poderá atuar com uma política de juros altos sob pena de paralisação econômica no Brasil", comenta o presidente, referindo-se à taxa Selic, principal instrumento para conter os preços.
Para o presidente da CNDL, o
Banco Central deve manter a trajetória de queda da taxa básica até que atinja
juros reais de 5% ao ano. A taxa básica de juro é hoje de 11 % ao ano e a
última projeção do mercado para a inflação de 2011 é de 6,54%. "A preocupação
com a inflação estará no centro das atenções do BC, mas a redução na atividade
econômica também”, comenta.
Classe C
e o emprego
Mesmo com o aumento do salário, o presidente afirma que a participação da classe C no mercado vai depender da manutenção do emprego, que, de acordo com levantamento feito pelo Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), tem apresentado acomodação.
Mesmo com o aumento do salário, o presidente afirma que a participação da classe C no mercado vai depender da manutenção do emprego, que, de acordo com levantamento feito pelo Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), tem apresentado acomodação.
Este cenário, segundo Pellizzaro,
deverá fazer do indicador o principal foco de atenção do governo para o próximo
ano.
Além disso, ele afirma que o
crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) em 2012 não deverá ser superior a
3,5%, sendo que os números dos dois últimos trimestres, associados à
instabilidade nos mercados internacionais e à tendência de acomodação do
consumo interno, justificam esta análise.
Supremo enfrentará pauta polêmica em
2012
.

Os ministros sabem, no entanto, que a imagem do tribunal dependerá de apenas um julgamento --o do mensalão.
Em sua reta final, o processo sobre o maior escândalo do governo Lula, revelado pela Folha em 2005, estará nas mãos no ministro revisor da ação, Ricardo Lewandowski.
Recentemente, Lewandowski declarou que alguns crimes imputados aos réus devem prescrever.
Para tentar agilizar o julgamento, o ministro Joaquim Barbosa, relator da ação penal, liberou seu relatório sobre o caso no último dia de trabalho do STF de 2011 e avisou que seu voto está praticamente pronto.
O ministros, porém, só devem se debruçar sobre o tema a partir de fevereiro.
SEGUNDO SEMESTRE
Ministros ouvidos pela Folha avaliam que a análise do caso mensalão, tratado por eles como o mais complexo da história do STF devido ao número de investigados, deverá começar no início do segundo semestre, quando Cezar Peluso já terá passado a cadeira de presidente para Carlos Ayres Britto.
Ayres Britto assumirá o posto em abril e ficará no cargo por menos de um ano, já que completa 70 anos em novembro e deverá se aposentar compulsoriamente.
Mesmo assim, ele quer que o mensalão seja julgado ainda em sua gestão, provavelmente quando a campanha das eleições municipais já estiver em curso.
Fora isso, ele pretende levar ao plenário outros temas polêmicos, como a legalização do aborto de fetos anencéfalos, pronto para ser analisado, e assuntos como as cotas para negros em universidades públicas e a validade da Lei da Ficha Limpa, que poderá impedir já em 2012 a candidatura de políticos condenados pela Justiça.
APOSENTADORIA
O primeiro compromisso do STF em 2012, no entanto, é analisar duas liminares, uma de Marco Aurélio Mello e outra de Lewandowski --o primeiro esvaziou os poderes do CNJ de investigar magistrados, e o segundo suspendeu o trabalho da corregedoria sobre movimentações financeiras atípicas de juízes e servidores do Judiciário.
Mesmo com tantos julgamentos polêmicos, o ano poderá ser mais curto. Além de Ayres Britto, Peluso deverá se aposentar também devido à idade. Sua saída está marcada para o início de setembro, mas ele pode antecipá-la. A partir de então, o STF volta a ficar com cadeiras vazias --o que aconteceu em quase todo 2011 e que prejudicou os trabalhos no tribunal-- e aguarda a indicação de novos ministros por Dilma Rousseff.
O Cotidiano do Mario do conservatório seresteiro da noite.

Deus fez a natureza perfeita,e nós destruímos poluímos e desmatamos.Dou
graças a deus por tudo .
Que neste ano que vai começou Que os sonhos, hoje apenas sonhos, num
breve futuro se transformem em realidade. Que o Manto Sagrado os cubra e os proteja,
com saúde e felicidade.Feliz Ano Novo!
Planos de saúde são obrigados a
oferecer mais exames e cirurgias Entra em vigor neste segunda feira a nova lista do Rol de Procedimentos e Eventos de Saúde, que devem ser garantidos pelos planos privados de assistência médica, publicada pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) em agosto de 2011.

Além dessas inclusões, também foi ampliado o número máximo de consultas para nutricionistas, inclusão de tratamento tipo terapia imunobiológica (para reumatoide, artite, doença de cronh e espodilite) e novos tratamentos como implante de anel intraestomal, tratamento ocular quimioterápico e atiotomagrafia coronariana.
Violência, saúde e corrução são
principais problemas do país

BRASÍLIA – A
violência, as falhas no sistema de saúde e a corrupção, na opinião dos
brasileiros, são os três maiores problemas do país atualmente, segundo revelou
uma pesquisa divulgada no fim de dezembro pelo Instituto de Pesquisa Econômica
Aplicada (Ipea). Cerca de 3,7 mil pessoas foram entrevistadas. A segurança foi
apontada por 23% das pessoas ouvidas como o maior problema. Depois veio a
saúde, com 22,3%, e a corrupção, 13,7%. Na lista aparecem ainda o desemprego
(12,4%), a educação (8%), a pobreza (6,1%) e as desigualdades (5,8%).

Mas a
percepção da população sobre quais são os problemas mais graves do país variam
muito de acordo com a idade, renda e região. Os sulistas são os mais preocupados
com a corrupção. No Norte e no Nordeste, a violência é apontada como o problema
mais grave. No Sudeste e no Centro-Oeste, a saúde aparece no topo da lista dos
maiores problemas. Também há diferenças na opinião de ricos e pobres sobre
quais são as questões mais urgentes. Nas famílias com renda per capita mensal
até um quarto de um salário mínimo, 23,7% avaliam que o acesso à saúde é o
problema mais grave, seguido pela violência (22,6%) e o desemprego (18,4%).
“A saúde está um caos, falta investimento e mais gente trabalhando. Eu,
graças a Deus, não preciso muito usar a rede pública porque Deus me dá saúde”,
declarou Francisco das Chagas, 46 anos, ambulante. Cícera Gomes, 31 anos, está
desemprega. Moradora do entorno de Brasília, ela acha que a falta de saneamento
básico é um problema grave. “Eu moro em Luziânia e a estrutura é péssima, estou
lá há 12 anos e nada foi feito. E ainda tem a violência. A gente não está
seguro em lugar nenhum. Temos que cobrar do governo poque a gente paga nossos
impostos e o mínimo que eles têm que fazer é cumprirem o que prometem”,
disse.Já entre as pessoas cuja renda familiar per capita é superior a cinco
salários mínimos, 27,8% concordam que o problema mais grave é a corrupção, 26%
acham que é a saúde e 17,7% acreditam que é a violência. Apenas 1,7% dos mais
ricos acham que a falta de emprego é um problema importante no Brasil. “Os
principais problemas são a saúde e a educação. Acho que se acabasse com a
corrupção melhoraria e muito também outras áreas. Porque as verbas são
desviadas e aí os professores não são valorizados, nem os profissionais de
saúde”, declarou a enfermeira Rita de Cássia, 48 anos.Venturi explicou que cada
grupo tende a avaliar a situação a partir de sua própria realidade, e existe
uma diferença de “agenda” entre as camadas da população. “A vida das pessoas
mudou em termos objetivos nos últimos anos. Nós tivemos milhões de pessoas que
ascenderam socialmente e essa mudança na condição de vida delas soa muito mais
alto do que qualquer discussão mais subjetiva, como a da corrupção. As camadas
de maior renda, precisando menos de um Estado forte e atuante, vão ser mais
sensíveis a essa discussão”, avalia o sociólogo.No grupo com renda mais alta,
16,8% acham que a educação é um problema importante, enquanto entre os mais
pobres apenas 5,9% concordam com a assertiva. A diferença é que o primeiro
grupo tende a analisar a questão da educação pelo ponto de vista do acesso,
enquanto o outro considera de forma mais crítica o fator da qualidade. “As
camadas populares antes não tinham acesso à educação, por isso tem um grau de
exigência menor. São pais que não tiveram acesso à escola e agora veem que o
ensino superior está no horizonte dos seus filhos. Por outro lado, a conclusão
dos estudos em diferentes níveis não é suficiente para garantir colocação no
mercado diante de uma economia aquecida. A discussão da qualidade da educação
sensibiliza mais as camadas mais altas”, aponta Venturi.
De acordo com o estudo do Ipea, a população mais jovem é a que mais se
preocupa com a questão do desemprego, da educação e das desigualdades sociais.
Já para os adultos, o maior problema é a saúde. Os idosos são aqueles que mais
se importam com a violência e a corrupção. “O governo tem que ouvir mais a
população para saber quais são os principais problemas que a gente enfrenta. Um
governo que não ouve a população não pode saber o que ela passa”, defende a
estudante Juliana Amorim, 26 anos.
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